terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

AÇUDE MINISTRO JOÃO ALVES – BOQUEIRÃO/PARELHAS

 


AÇUDE MINISTRO JOÃO ALVES – BOQUEIRÃO/PARELHAS

O Geossítio Açude Boqueirão está situado 2,5 km a leste do centro de Parelhas, no entorno do Açude público Ministro João Alves (mais conhecido como Açude Boqueirão de Parelhas).

No geossítio ocorrem metaconglomerados constituídos por seixos de gnaisses, xistos e quartzitos em matriz quartzosa de granulometria média e cor verde a cinza. A matriz é formada por plagioclásio, quartzo, microclina, biotita e clorita, tendo ainda titanita e minerais opacos. Ocorrem ainda quartzitos formados por quartzo, além de muscovita, epidoto e minerais opacos. Exibe cor branca a creme com brilho (minerais micáceos) e pontos de minerais escuros. Ambas são da Formação Equador. E cortando essas rochas têm inúmeros diques de pegmatitos, mineralizados em berilo, columbita-tantalita, espodumênio, entre outros minerais. Um dos mais conhecidos é o Pegmatito Alto do Boqueirão.

Neste geossítio estão situados atrativos geoturísticos que envolvem geoformas resultantes da atuação do intemperismo e processos erosivos pela ação das chuvas e ventos, diversidade de minerais e mirante, com destaque para: i) Pedra da Princesa Encantada (o relevo da parte norte da Serra das Queimadas define o perfil de uma princesa deitada, segundo o imaginário popular); ii) Pedra do Príncipe que virou Sapo (sua forma lembra um sapo); iii) Esfinge da Princesa (rocha com silhueta que lembra um esfinge egípcia, com cabeça de gato e corpo de humano); iv) Diversidade Mineral (turmalina, água marinha, granada, ametista, feldspatos e quartzo alguns considerados preciosos, sendo essa diversidade utilizada como matéria-prima na confecção de artesanatos e jóias); v) Mirante de Parelhas (mirante no alto da Serra das Queimadas com vista para toda cidade e região, com desnível de 500 metros em relação a base da serra).

A região se destaca por um expressivo relevo definido pela Serra das Queimadas onde no seu extremo norte a tectônica frágil modelou a rocha. A erosão hídrica de fraturas ali existentes, com direção E-W, feitas pelas águas do Rio Seridó, formou o boqueirão ao longo da serra. Neste local foi construído na década de 1988 o açude Boqueirão, com área de 1.326,68 ha e capacidade de acumulação de 85.012.750 m3. Este açude, pelo grandioso conjunto de suas belezas naturais constituiu-se num dos pontos turísticos mais conhecidos e visitados na região do Seridó (Figuras 88 a 94) (Brasil, 1997; Araújo, 1998

FONTE – GEOPARQUE SERIDÓ

ACUDE MINISTRO JOÃO ALVES FILHO - BOQUEIRÃO - PARELHAS

 


Esse é o açude Boqueirão de Parelhas, o maior do Seridó norteriograndense, com capacidade de 84,8 milhões de metros cúbicos de água. Atualmente, encontra-se com 13,7% de sua capacidade, maior percentual dos grandes açudes do Nordeste. Hoje o açude abastece pouco mais de 20 mil habitantes de Parelhas a Carnaúba dos Dantas. Existe projeto na Caern para o abastecimento de outras 4 cidades do Seridó que se encontram em colapso de abastecimento: Jardim do Seridó, Cruzeta, São José do Seridó e Ouro Branco. Com esse projeto, que aguarda recursos do Governo Federal, todas as cidades do Seridó estariam com abastecimento emergencial garantido por mais um ano de seca (informações prestadas por João Abner, técnico da Caern)

JOÃO ALVES FILHO

 


Nasceu na capital sergipana, Aracaju, no bairro Santo Antônio, filho do empresário e construtor civil João Alves e Dona Maria de Lourdes Gomes. Fez seus estudos iniciais na capital e em 1961 ingressou na Escola Politécnica da Universidade da Bahia, graduando-se em engenharia civil em 1965. Em 1970, fundou a Habitacional Construção S.A, que se tornou, por muito temo, uma das maiores empresas da construção civil em Sergipe e no Nordeste.

Iniciou sua vida pública como Prefeito de Aracaju, nomeado pelo então Governador José Rollemberg Leite. Filiado à Arena (Aliança Renovadora Nacional), tornou-se muito popular em sua gestão, adquirindo a fama de tocador de obras e de um grande administrador. Sua gestão encerrou-se em 1979, sem ter um projeto rejeitado pela Câmara, que tinha na sua formação a maioria de vereadores filiados ao MDB.

Em 1979, entrou para o Partido Popular (PP) do qual foi um dos fundadores, mas pouco tempo depois se afastou da vida política e em 1982 o PP, partido que fundou, foi incorporado ao PMDB, partido que sucedeu o MDB.

Em 1982 retorna às eleições diretas no País e surge um novo contexto político; nesse novo momento, o então governador do Estado, Augusto Franco, convida João Alves a filiar-se ao Partido Democrático Social (PDS), partido sucessor da Arena. Em seguida, foi indicado ao Governo do Estado, apoiado por Albano Franco, presidente da Comissão Executiva Regional do PDS, e ainda apoiado por várias lideranças Políticas do Estado.

Saindo-se muito bem, com uma larga vitória, tendo como seu vice Antônio Carlos Valadares, assumiu o governo em 15 de março de 1983. Em seu primeiro mandato, com o apoio do Banco Mundial, criou o projeto Chapéu de Couro, que beneficiava a região do agreste e semiárido com a perfuração de poços artesianos e a construção de cisternas, estradas vicinais, redes de energia elétrica, escolas e postos de saúde.

A popularidade dele aumentava a cada ano, mas politicamente os problemas começaram a surgir e em março de 1985 João Alves rompeu com a família Franco, ingressando no extinto Partido da Frente Liberal (PFL), que apoiara a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República.
Com a morte de Tancredo, assume a Presidência o seu vice, José Sarney, e João Alves o apoia, mesmo fazendo algumas críticas em relação a questões econômicas.

Em 1985 esteve envolvido com a disputa eleitoral para a Prefeitura de Aracaju, que tinha como candidato o deputado Jackson Barreto, para tanto o PFL aliou-se ao PMDB.

Em 1986 o PFL tentou manter-se no poder para a sucessão de João Alves, mas, as articulações propostas não deram certo, tornaram-se inviáveis. Sendo assim, João passa a apoiar o seu vice Antônio Carlos Valadares e com algumas alianças, consegue a vitória, tornando-se o único Governador do PFL no País.

Após sair do governo, João é empossado no Ministério do Interior, em um momento conturbado na política nacional, que passava por uma disputa interna muito acirrada, levando o PFL a romper com o Governo, fato que João foi contra, apoiando o Presidente e, inclusive, o projeto de mandato de cinco anos para Presidente, que não foi aprovada na Assembleia Constituinte (1987-1988).
O tempo em que foi Ministro enfrentou muitos desafios no País, em 1º de março de 1990 deixa o Ministério que foi extinto pelo Presidente Collor.

O retorno à vida política no Estado leva-o, novamente, à disputa do Governo do Estado. Mesmo com muitas discussões internas, ele consegue vencer no 1º turno. Esse pleito foi histórico porque foi a 1ª vez no Brasil que três negros tornam-se governadores.

Logo no início de seu governo, sofre muitas críticas por decisões que tomou em relação a determinados cargos públicos. No inicio de 1992 instalou-se no Brasil uma crise política que levou ao impeachment do Presidente, mas em relação a esse período também foi muito conturbado, mas, ele conseguiu terminar seu mandato.

Em 1996 ele se envolve no processo eleitoral da Prefeitura de Aracaju, buscando eleger sua esposa, Maria do Carmo, o que não conseguiu. Em 1998, enquanto sua esposa era eleita senadora, ele tentava novamente o Governo do Estado, mas foi derrotado por Albano Franco. Em 2002 saiu novamente candidato e em uma disputa acirrada com Albano Franco no segundo turno, saiu vitorioso. Na sua terceira gestão criou a Secretaria de Combate à Pobreza; em 2006 candidatou-se novamente ao governo do Estado perdendo para o então petista Marcelo Déda.

Em 2012 candidatou-se mais uma vez a Prefeitura de Aracaju, sendo eleito e terminando seu mandato em 2016, encerrando a sua vida pública.

É membro da Academia Sergipana de Letras.

Em todos os seus governos teve a marca do empreendedorismo e algumas obras se destacam como:

 

– Criação da Orla da Atalaia;
– Projeto Platô de Neópolis;
– Construiu o Bairro Coroa do Meio;
– Construiu a Ponte Godofredo Diniz, que liga a Coroa do meio ao centro de Aracaju;
– Construiu o Huse, antigo Hospital João Alves;
– Implantou 14 avenidas interligando os bairros de Aracaju;
– Construiu o Parque da Cidade;
– Construiu a 2ª Rua de Pedestre do Brasil;
– Implantou o 2º sistema de transporte integrado do Brasil;
– Construiu a Ponte Aracaju/Barra de Coqueiros;
– Viabilizou a construção do Porto de Sergipe.

*Biografia extraída do Museu Olímpio Campos

FALECEU NO DIA 24 DE NOVEMBRO DE 2020

FONTE – AGENCIA NACIONAL DE NOTICIA

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ESTE É O LXXVI BLOG DO SUBTENENTE JOSÉ MARIA DAS CHAGAS, RESPONSÁVEL PELO PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS, COM 76 BLOGS E MAIS DE CINCO MIL LINKS - MOSSORÓ-RN, 15 DE MAIO DE 2018

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